Sobre a campanha #EuNãoMereçoSerEstuprada
Por: Jacqueline V.
31 de Março de 2014

Sobre a campanha #EuNãoMereçoSerEstuprada

História da Arte

Não vou perder tempo explicando como surgiu a campanha, deixarei links ao final do artigo para que vocês possam ler a respeito. Vim para comentar um post em específico que uma meninA fez no grupo da campanha e deixar aqui os argumentos relacionados.

Palavras na íntegra da meninA em questão: "Nunca vi mulher protestar contra pagar menos na balada, festas e afins. Nunca vi uma mulher protestar contra aposentar mais cedo. Nunca vi nenhuma mulher reclamar que o serviço militar só é obrigatório pra homem. Então vocês não brigam nem lutam por direitos iguais, lutam por comodismo, por querer fazer o que quiser sem sofrer nenhuma consequência por isso. Não sou obrigado a ver ninguém que eu não queira sem roupa, a lei me garante isso. O resto é choro. Quanto ao assunto estupro, homem também sofre estupro mesmo não usando shortinho nem nada do tipo, então não são roupas que te tornarão suscetíveis ao estupro, para de chorar. Qualquer um pode ser vítima de estupro assim como de assalto, sequestro ou qualquer outro crime. Porém, existem perfil de vítima, se alguém tem R$10.000,00, o dinheiro é dele e ele faz o que quiser com isso, agora se ele sai com esse dinheiro na rua, à pé, com as notas à mostra, ele se encaixa num perfil de vítima de assalto. Isso não quer dizer que ele (quando digo ele, quero dizer cidadão, não homem ou mulher) mereça ser assaltado, mas é óbvio que um ladrão vai preferir assaltá-lo do que um cidadão comum. O mesmo ocorre quando um policial, familiar, amigos, ou qualquer pessoa que te conhecer, dizer que andar com roupa x de noite sozinho é perigoso, ele não está sendo machista ou culpando a vítima, ele está alertando sobre esse perfil. Parafraseando, você tem sua casa, você tem o direito de deixá-la com as portas todas abertas, mas se um ladrão te roubar, você não é um coitado oprimido por um sistema fictício que só existe na sua mente de chorão, você é uma vítima assim como qualquer outra vítima. É tanto chororô por aqui que logo logo vai ter gente pedindo o bolsa mulher no Brasil."

 

Minha resposta: "Mulher não paga menos na balada porque quer. Existe um fato lógico para tal e te explico: Se mulher tivesse que pagar a mesma quantia iria menos em balada e o local ia ficar cheio de homem. Muito homem junto acaba dando confusão, principalmente porque as poucas mulheres presentes iriam ser muito disputadas, gerando brigas, o que é negativo para o estabelecimento. Logo, os empreendimentos cobram menos de mulheres para atraí-las e com isso mais gente vai à balada, gerando lucros para o local e a lei de oferta e procura humana fica garantida, tendo um número próximo do igual entre homens e mulheres, o que evita disputas e brigas. Simples assim.

O feminismo luta para que o serviço militar seja livre para ambos os sexos.

Homem também sofre estupro, o que prova que não é a roupa a causa. Só que mulher sofre muito mais e isso é fato.

Não quer ver ninguém sem roupa? Feche os olhos ao ver novelas, põe venda na sua cara ao tomar banho e se feche numa bolha. Um corpo nu não é feio, é algo natural e lindo e deve ser respeitado.

Em outros países não há cercas ou muros nas casas, porque existe segurança, educação e respeito. Aqui somos obrigados a vivermos encarcerados e você ainda vem dizer que a culpa é da vítima? É minha filha, parabéns, você faz parte dos 65%. Agora volta lá para a cozinha com o seu machismo, já que acha que esse é o lugar de mulher. E deixe as mulheres de verdade aqui lutarem pelos direitos femininos de todas."

 

Aqui culpam as roupas curtas, no Sudão culpam o rimel... e quando vão culpar os etupradores?

 

Links para consultas:

Sudão culpando rímel pelo aumentos de estupros no Oriente Médio = http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3622664&seccao=M%E9dio+Oriente

Sobre a mulher pagar menos nas baladas = http://www.cemhomens.com/2013/02/feminismo-para-principiantes-feminista-ate-pagar-menos-na-balada/

Conhecendo a causa = http://www.elmundo.es/blogs/elmundo/derepentebrasil/2014/03/31/un-clima-de-cotidiano-acoso-sexual.html

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